pilatesnoitaimbibi

Assoalho pélvico

A pelve faz a ligação entre a parte superior e inferior do corpo, é formada por três ossos: o ísquio, o ílio e o púbis. Seu correto alinhamento age diretamente nas nossas atividades de vida diária, nos exercícios de Pilates ou sentados nas nossas mesas de trabalho. O equilíbrio entre os músculos em volta da pelve é fundamental para alcançar o alinhamento e a postura ideais.

Originalmente, Joseph Pilates não incorporou o assoalho pélvico ao seu método de trabalho, foi recentemente que algumas escolas de Pilates acrescentaram esse grupo muscular ao método de ensino. A literatura recente indica que o assoalho pélvico é fundamental para a força e estabilidade do centro de força (powerhouse), pois constitui a base do core interno.

Treinar a musculatura do assoalho pélvico ajuda a curar e a prevenir as incontinências urinárias, melhora a satisfação e a função sexual, suporta os órgãos internos e as vísceras além de dar todo o suporte durante a gestação. Um assoalho pélvico saudável (forte, flexível e capaz de se adaptar as mudanças de pressão interna) é a chave do bem-estar entre homens e mulheres.

Os músculos que formam o assoalho pélvico (Coccígeo, Íliococcígeo, Ísquiococcígeo, Pubococcígeo, Piriforme, Puboretal e Levantador do ânus) agem em conjunto, de forma antecipatória, para auxiliar na estabilidade da cintura pélvica e no controle urinário e fecal e tem uma função melhor quando a pelve e a lombar estão numa posição neutra.

Essa rede muscular intrincada, quando se contrai, contrai junto o músculo transverso do abdômen e a musculatura adutora do quadril. A contração máxima desses músculos, foi relacionada com a atividade de todos os músculos abdominais, e a atividade submáxima do assoalho pélvico está relacionada somente com a ação do transverso do abdômen, por isso, nas aulas de pilates de solo (mat pilates) os alunos, homens e mulheres, são encorajados a contrair o assoalho pélvico (para dentro e para cima), junto com o transverso do abdômen.

Ombro parte 2

Essa semana daremos continuidade ao assunto da semana passada, que foi o complexo articular do ombro. O post anterior foi sobre as estruturas ósseas e as articulações, e essa semana falaremos sobre a amplitude de movimento e ação de alguns músculos.

Os movimentos de flexão e extensão ocorrem no eixo coronal e descrevem arcos de movimento de amplitudes diferentes. A flexão possui uma amplitude de movimento para frente de zero graus a cento e oitenta graus acima da cabeça, sendo que a articulação glenoumeral chega até cento de vinte graus, e os sessenta graus restantes são obtidos com a abdução e a rotação lateral da escápula. A extensão possui uma amplitude de movimento para trás de até quarenta e cinco graus, porém se o cotovelo for flexionado, a amplitude aumenta, pois perderemos a ação muscular do músculo bíceps braquial.

A adução e abdução são movimentos que ocorrem no eixo sagital e também possuem amplitudes de movimento diferentes. A abdução descreve um arco lateral de cento e oitenta graus até uma posição vertical acima da cabeça. A adução descreve um arco em direção à linha média do corpo e corresponde a elevação completa do braço acima da cabeça, da posição zero graus até uma posição oblíqua para cima (à frente do corpo).

O músculo deltoide gera cerca de cinquenta por cento da força para a elevação do braço em abdução ou flexão e sua contribuição aumenta de acordo com o aumento da abdução. O restante da força, ou seja, os outros cinquenta por cento, vem da ação do manguito rotador (redondo menor, subescapular, infra-espinal e supra-escapular), sendo que nos primeiros graus da flexão ou da abdução, o redondo menor tem a mesma força, porém em direção oposta à do deltoide, e o subescapular e infraespinal ajudam na estabilização da cabeça do úmero.

Acima de noventa graus de flexão ou abdução a força do manguito rotador diminui, deixando o ombro mais instável, porém nessa amplitude de movimento o supra-espinal permanece ativo.

Os movimentos de adução e abdução horizontal ocorrem no plano transversal e a posição final da adução horizontal é a mesma, porém em uma o membro superior se move horizontalmente e em outra, se move obliquamente.

A rotação medial e lateral ocorrem no eixo longitudinal. A rotação medial descreve um arco de aproximadamente setenta graus e a rotação lateral descreve um arco de aproximadamente noventa graus.

flexão do ombro deltoide anterior, peitoral maior, coracobraquial e bíceps braquial
extensão do ombro latíssimo do dorso, redondo maior, peitoral maior, deltóide posterior e tríceps braquial
abdução do ombro deltoide medial e anterior, supraespinal, peitoral maior e bíceps braquial
adução do ombro peitoral maior, latíssimo do dorso, deltoide anterior e posterior, redondo maior, coracobraquial, bíceps braquial e tríceps braquial
rotação externa infraespinal, deltóide posterior e redondo menor
rotação interna subescapular, redondo maior, deltoide anterior, peitoral maior e latíssimo do dorso
abdução horizontal infraespinal, redondo menor, deltoide posterior, redondo maior e latíssimo do dorso
adução horizontal peitoral maior, deltoide anterior, coracobraquial e bríceps braquial
elevação da escápula trapézio superior, elevador da escápula e rombóides
depressão da escápula trapézio inferior, serrátil anterior e peitoral menor

Ombro parte 1

Essa semana falaremos sobre o complexo do ombro, mas como o assunto é extenso acabei optando por separá-lo em outros posts e para começar achei melhor escolher o princípio, ou seja, a parte óssea e articular.

O complexo articular do ombro (composto por: clavícula, escápula e úmero) é a articulação do corpo que possui o maior grau de mobilidade, portanto é uma articulação muito instável (já que a estabilidade foi comprometida para dar lugar ao máximo grau de movimento).

A instabilidade também ocorre por se tratar de uma articulação rasa. A cabeça do úmero se articula com a cavidade glenoidal, que corresponde a um terço do tamanho da cabeça do úmero.

O ombro é constituído por muitas articulações, que juntas, contribuem para os movimentos do braço. As articulações são: Esternoclavicular, Acromioclavicular e Glenoumeral. É possível gerar uma pequena quantidade de movimento em qualquer uma dessas articulações isoladamente, mas normalmente o movimento ocorre nas três articulações simultâneamente.

Articulação Esternoclavicular: a clavícula é o único ponto de fixação esquelética do membro superior ao tronco (através da união da clavícula ao manúbrio do esterno), é reforçada pela ação de três ligamentos (interclavicular, costoclavicular e esternoclavicular) e pela ação de músculos, como por exemplo o subclávio.

Os movimentos da clavícula nessa articulação são: elevação e depressão (para cima e para baixo), anterior e posterior e rotação anterior e posterior.

Articulação Acromioclavicular: é o ponto em que a maior parte dos movimentos da escápula ocorrem, é reforçada por uma cápsula densa de ligamentos, entre eles o coracoclavicular que auxilia os movimentos escapulares, formando um eixo de rotação.

Os movimentos da escápula nessa articulação são: anterior e posterior (protração ou abdução e retração ou adução), rotação para cima e para baixo e elevação e depressão.

Articulação Glenoumeral: é uma articulação sinovial esferóidea que possibilita o maior grau de movimento, com uma cápsula articular frouxa e uma limitação ligamentar.

Os movimentos do ombro são: flexão e extensão (braço sobe e desce, como na figura acima), adução e abdução (braço sobe e desce, como na figura abaixo), rotação lateral (para fora) e rotação medial (para dentro), circundução, flexão horizontal e extensão horizontal.

Hundred

O exercício desta vez é o Hundred (Cem). Esse exercício é utilizado para estimular a circulação, promover calor ao corpo e desenvolver alguns dos princípios básicos do método Pilates.

O pulsar dos braços (100 pulsos) desafia a estabilidade da região lombo-pélvica e escapular, dessa forma, o corpo precisa, durante todo o exercício, manter-se estável e em equilíbrio. Esse gasto energético (exercício + manutenção da estabilidade) promove o aquecimento do corpo, sendo assim, é normal terminar o exercício suando e com calor !!!!

Então, vamos iniciar o exercício e queimar as calorias. A posição inicial é: em decúbito dorsal, quadril e joelhos a 90° (posição de cadeirinha), pés em flexão plantar (ponta dos pés ou pés de bailarina), braços ao longo do corpo com as palmas das mãos voltadas para o chão.

O movimento é: ao expirar vamos flexionar e elevar o tronco, mantendo as escápulas estabilizadas e contraindo os abdominais. Os braços serão elevados do colchonete até a altura dos ombros, e as pernas serão estendidas o mais baixo possível (sem compensar na coluna lombar). A partir dessa posição, iremos inspirar por cinco contagens, enquanto os braços realizam pulsos e expirar por cinco contagens, mantendo a posição do corpo e a realização dos pulsos com os braços. Devemos inspirar e expirar por cinco contagens até somar os 100 pulsos com os braços. Ao final do movimento, para retornar, flexionamos os joelhos, retornamos um pé de cada vez e abaixamos o tronco e os braços no colchonete.

Musculatura utilizada: Flexores do tronco (Reto abdominal, Oblíquo Interno e Oblíquo Externo), Flexores do quadril (Iliopsoas, Reto femoral, Sartório, Tensor da Fáscia Lata e Pectínio). Músculos que auxiliam: Transverso do abdômen, Adutores, Quadríceps, Gastrocnêmio, Sóleo, Peitoral Maior, Latíssimo do Dorso, Redondo Maior, Deltóide anterior e Tríceps braquial.

Objetivos do exercício: Estimular a circulação, promover calor ao corpo e força à musculatura abdominal e estabilidade ao tronco.

Alongamento do gato

Este exercício é importante para promover mobilidade da coluna, que ocorre através do alongamento e relaxamento da musculatura lombar durante a flexão, e a estabilização lombar durante a extensão.

Para iniciar o exercício, o posicionamento deve ser: em quatro apoios, com as mãos embaixo dos ombros, os joelhos embaixo dos quadris e as pernas afastadas na distância dos quadris. Pelve e coluna na posição neutra. A cabeça deve seguir o alinhamento da coluna torácica.

O movimento é articular a coluna, sem desalinhar as mãos e as pernas, durante a expiração deve-se inclinar posteriormente a pelve e arredondar a coluna, articulando de forma sequenciada do cóccix até a cabeça. Inspirar e manter a posição com os abdominais contraídos e sustentando a cabeça com os ombros relaxados. Na expiração, articular novamente a coluna de maneira sequenciada até uma extensão da torácica.

Musculatura utilizada na extensão: Eretores da Espinha (Espinal, Longuíssimo e Iliocostais) e Semiespinhal. Na extensão: Reto Abdominal, Oblíquo Interno, Oblíquo Externo e Transverso do Abdômen (de maneira isométrica). De forma acessória temos a ação do Glúteo Máximo, Ísquiotibiais, Deltóide Anterior, Peitoral maior, Latíssimo do Dorso, Redondo Maior, Serrátil Anterior e Tríceps Braquial.

Objetivos do exercício: Desenvolver controle abdominal, ganhar flexibilidade da coluna lombar, promover estabilidade e controle da cintura escapular e fortalecer extensores superiores e médios da coluna.

Rolamento do Quadril

Os alunos sempre me perguntam: por que temos que fazer a “Ponte” toda aula?

Vamos lá, o Rolamento do Quadril é um exercício que reúne muitos benefícios, entre eles, preparar o corpo para os exercícios, promover o recrutamento da musculatura de centro (Core), mobilizar a coluna e iniciar a conscientização corporal.

A posição inicial do exercício deve ser em decúbito dorsal (barriga para cima), com os joelhos flexionados, os pés apoiados no solo na largura do quadril, braços estendidos ao longo do corpo com as palmas das mãos voltadas para o solo. Relaxe o pescoço, os ombros (que devem estar e se manter longe das orelhas) e lembre-se de deixar a pelve na posição neutra (ou seja, aquele espacinho, para a lombar não encostar no chão).

O movimento consiste em articular a coluna para cima, realizando a extensão do quadril, para isso, devemos inspirar para concentrar, contrair o abdômen, os glúteos e os isquiotibiais. Ao expirar articular a coluna de forma sequenciada (primeiro a coluna lombar, depois a torácica inferior e por fim a torácica superior) para fora do apoio do chão, até que o peso do corpo fique entre as escápulas (asinhas das costas) e o quadril estendido em uma linha neutra (sem hiperestender). Para retornar, deve-se expirar mantendo o abdômen contraído, e articulando cada vértebra da coluna de uma vez, a fim de voltar  o tronco ao solo.

Musculatura utilizada para o exercício, para elevar o tronco atuam de forma concêntrica, e quando abaixamos atuam de forma excêntrica: flexores do tronco (Reto Abdominal, Oblíquo Interno e Oblíquo Externo), estabilizadores anterior do tronco (Transverso do Abdomen, que trabalha isometricamente durante todo o movimento), assoalho pélvico, extensores do quadril (Glúteo Máximo, Ísquiotibiais) e de maneira acessória Eretores da Espinha (extensor da coluna), Quadríceps Femoral (extensor do joelho), Latíssimo do Dorso, Redondo Maior e Deltóide Posterior.

Objetivos do exercício: Melhorar a articulação da coluna, estabilidade lombo-pélvica, desenvolver controle dos abdominais e ísquiotibiais.

Está explicado porque precisamos fazer a “Ponte” toda aula !!!

Abdominais

Origem, Inserção e Ação

No método Pilates, falar sobre os músculos abdominais é quase uma obrigação. Em toda aula o professor pede ao aluno que “contraia o abdômen”, que “sugue o umbigo”, que “sinta a barriga achatar” e que “não deixe a barriga estufar”, mas afinal, pra que servem os músculos abdominais? Por que precisamos mantê-los contraídos? O que eles fazem?

Pensando nessas questões e na importância dessa musculatura, decidi fazer esse post para tentar esclarecer algumas delas.

A “parede”abdominal se divide em quatro camadas formadas por diferentes músculos: a camada mais externa é formada pelo músculo Reto Abdominal, logo abaixo temos o músculo Oblíquo Externo, seguido de uma camada do músculo Oblíquo Interno, e mais profundamente temos uma camada do músculo Transverso do Abdômen.

O Reto do Abdômen se origina na crista púbica e se insere no processo xifóide entre a 5ª e a 7ª cartilagem costal. Sua função é flexionar e auxiliar a inclinação ipsilateral do tronco. Suas fibras correm verticalmente, de cima para baixo.

O músculo Oblíquo Externo tem origem na face externa da 5ª à 12ª costela e se insere na linha alba e na crista ilíaca. Sua função é flexionar, inclinar ipsilateral e fazer a rotação contralateral do tronco. Suas fibras correm diagonalmente para baixo, em direção ao centro do corpo e lateralmente ao Reto do Abdômen.

O Oblíquo Interno tem sua origem na aponeurose toracolombar e na crista ilíaca, se insere entre a 10ª e a 12ª costela. Sua função é flexionar, inclinar e rodar o tronco ipsilateral. Suas fibras correm do centro para cima, lateralmente às costelas.

A camada mais interna é a do músculo Transverso do Abdômen, que se origina entre a 7ª e a 12ª costela e na crista ilíaca, e se insere na linha pectínia e na bainha do músculo Reto do Abdômen. Sua ação é sustentar e comprimir o conteúdo da cavidade abdominal e assistir nas rotações do tronco. Sua função primária é postural e de proteção da coluna. As fibras correm horizontalmente, formando um cinturão muscular.

Resumindo: A musculatura abdominal serve para realizar alguns movimentos de tronco, para segurar as vísceras abdominais e para estabilizar a coluna enquanto a pelve e os membros se movem. Por essa função estabilizadora da coluna, precisamos manter o abdômen contraído durante os exercícios (não só de Pilates, mas em qualquer atividade), para não sobrecarregar e tensionar a região lombar e sacroilíaca e para um melhor posicionamento da caixa torácica,  dessa forma, com uma boa ação dos músculos abdominais temos uma melhora da postura.

Postura – parte 2

As pessoas costumam ser muito simplistas ao falar sobre postura. Dizer apenas que determinado grupo muscular está fraco ou forte ou apenas alongado ou encurtado para determinar um padrão postural é muito pouco.

Determinar uma postura é mais complexo que isso, o correto alinhamento é um processo de reeducação neuromuscular, que requer paciência, disciplina e o olhar de um profissional bem treinado. É neste ponto que nós professores vamos atuar na nossa programação de aula.

Para termos um bom alinhamento da coluna, temos que ter um equilíbrio muscular, menos stress e economia de energia muscular. Quando não conseguimos manter esse alinhamento, alguns músculos sofrem sobrecarga e se tornam fortes ou tensos, enquanto outros se enfraquecem e perdem sua função.

Para o alinhamento ideal temos alguns pontos de referência (fio de prumo): através do lobo da orelha, através dos corpos das vértebras cervicais, através da articulação do ombro, pelo centro do tronco (corpos das vértebras lombares), pelo trocânter maior do fêmur, levemente anterior à linha média do joelho e levemente anterior ao maléolo lateral.

Sabemos que esse padrão postural é ideal, porém não é real. Na realidade, temos quatro padrões posturais mais comuns, e são nesses padrões que nossos alunos se encontram e é em busca do alinhamento ideal que nós vamos !

No alinhamento ideal buscamos: a cabeça neutra, cervical apresentando curvatura normal, escápulas alinhadas, torácica e lombar com as curvaturas normais, pelve neutra e nivelada, quadril, joelhos e tornozelos neutros. Os abdominais e os extensores de quadril se equilibram para inclinar posteriormente a pelve e os músculos lombares e os flexores de quadril se equilibram para inclinar anteriormente a pelve.

Na postura cifose-lordose encontramos: cabeça anteriorizada, cervical hiperestendida, escápulas abduzidas, torácica cifosada, lombar hiperestendida, pelve inclinada anteriormente, quadril flexionado, joelhos hiperestendidos e tornozelos em leve flexão plantar. Os extensores do pescoço e os flexores do quadril estão encurtados e os flexores do pescoço, eretores da coluna, oblíquo externo e ísquiostibiais estão alongados.

A postura com deslocamento posterior de dorso apresenta: cabeça anteriorizada, cervical estendida, torácica cifosada e com deslocamento posterior do tronco, lombar retificada, pelve inclinada posteriormente, quadril hiperestendido e deslocado anteriormente, joelhos hiperestendidos e tornozelos neutros. Pelve inclinada posteriormente e anteriorizada leva a uma extensão do quadril e a uma retificação lombar.

Na postura tipo militar temos: cabeça neutra, cervical apresentando curvatura normal levemente anteriorizada, torácica com curvatura normal levemente posteriorizada, lombar hiperestendida, pelve inclinada anteriormente, joelhos hiperestendidos e tornozelos em leve flexão plantar. Os abdominais estão alongados, enquanto os músculos lombares e os flexores de quadril estão encurtados.

E finalmente, a postura retificada mostra: cabeça anteriorizada, cervical levemente estendida, torácica com leve cifose na parte superior e retificada na inferior, lombar retificada, pelve inclinada posteriormente, quadril e joelhos estendidos e tornozelo em leve flexão plantar. Os abdominais estão fortes e os ísquiostibiais estão encurtados.

Agora que estamos familiarizados com a postura ideal e com os padrões posturais reais (de uma maneira bem simplista!) talvez fique mais claro e mais fácil montar uma aula, com os objetivos e correções necessárias para cada aluno.

Cabeça X Cervical

Quando falamos em alinhamento neutro ou ideal do corpo, estamos dizendo alinhamento neutro DO CORPO TODO, ou seja, dos pés a cabeça. Portanto, não podemos ignorar os desalinhos da cabeça durante os exercícios, porque eles vão influir diretamente sobre a coluna cervical e, dessa forma podem modificar o posicionamento do resto do corpo.

images (50)

Dizemos que a cabeça está em bom alinhamento quando o seu peso está exatamente sobre os ombros (nas posições deitada, sentada ou em pé), sem rotação, inclinação, protração, retração e sem aumento ou diminuição da cifose cervical normal.

cabeca e cervical

Mas como saber qual a cifose cervical normal?

Devemos lembrar que a coluna cervical é uma continuação da coluna torácica (ou vice-versa). Sendo assim, a cervical deve seguir o alinhamento, e deve acompanhar a coluna torácica durante os movimentos (flexão, extensão, rotação, inclinação e flexão lateral).

images (48)

Se a cabeça estiver em desalinho, essa sequência (cabeça – cervical – torácica) já estará prejudicada logo no início (antes mesmo de ocorrer qualquer movimento) e poderá ser vista na posição inicial do exercício. Neste caso, você (é, você mesmo, o professor!!!) deve corrigir logo no início essa posição e deixar seu aluno o mais confortável e neutro possível.

images (49)

Podemos observar também no nosso dia-a-dia uma outra situação. Quando os alunos estão na posição inicial, parados, preparando o movimento eles estão lindos, alinhados, neutros! Mas quando iniciam o movimento, os desalinhos aparecem e os seus problemas também! Como consertar isso?

Eis a questão, já que seu aluno está em movimento, como corrigir a posição da cabeça e da cervical?

Usando imagens, dicas verbais, visuais e táteis. Instrua seu aluno a guiar os movimentos pelo foco do olhar. Os olhos dizem e mudam tudo, inclusive a posição da cervical!!!

Pontos importantes: Nas flexões torácicas, o foco do olhar deve estar na altura dos joelhos;

Não “grudar” o queixo no peito;

Nas extensões, não elevar muito a cabeça para não hiperestender e/ou comprimir a cervical;

Manter uma linha longa e igual da torácica, cervical e cabeça;

Pessoal que fez curso STOTT PILATES, não se esqueçam do aceno da cabeça, ele é útil e importante;

Use apoios sempre que necessário, para melhorar a posição inicial e dar conforto ao seu aluno;

images (51)

Lembrar que a coluna cervical é muito móvel e delicada e que a musculatura medial das costas e os ombros, tem uma ligação direta tanto com a cabeça quanto com a pelve;

Fique atento com os desvios de ATM, uso de óculos (observe se quando seu aluno tira os óculos para fazer a aula a posição da cabeça se altera para compensar), uso prolongado de aparelhos dentários, dores de cabeça crônicas, formigamentos e compressões nos MMSS.

Neutra X Imprint

O que é? Quando usar?

Temos dois tipos de posicionamento na pelve, a posição neutra e o Imprint (segundo o método STOTT PILATES). Vou tentar explicar um pouco mais sobre cada uma delas e quando usar uma ou a outra.

pelvic_tilt 2

Quando dizemos pelve neutra, nós queremos uma curvatura na coluna lombar normal, ou seja, não deve haver tensão nos músculos extensores lombares e o cliente deve estar em uma posição confortável.

Anatomicamente a posição neutra significa que, em decúbito dorsal, as EIAS (espinhas ilíacas ântero-superiores) estão no mesmo plano da sínfise púbica, e o peso do sacro está distribuído igualmente no colchonete. Se as EIAS estiverem mais altas que a sínfise púbica, a pelve está inclinada anteriormente. Se as EIAS estiverem mais baixas que a sínfise púbica, a pelve está inclinada posteriormente.

Posterior Anterior Neutral Pelvic Tilt

Se seu aluno apresentar qualquer uma dessas inclinações na pelve, devemos tentar corrigir (mantendo o conforto), aos poucos e ao longo das sessões, para levar o aluno para a posição neutra da pelve, onde temos uma melhor absorção de choque e melhor postura. Porém inicialmente utilizamos a posição de Imprint.

O outro tipo de posicionamento da pelve é o Imprint (termo utilizado exclusivamente pela STOTT PILATES).

O Imprint é uma leve inclinação posterior da pelve, com uma leve flexão lombar (devemos pensar em aproximar a lombar do chão, mas não forçá-la contra o chão).

O movimento é sutil e ocorre pela ação dos músculos oblíquos do abdômen, pensando na aproximação da pelve com a caixa torácica. Se o aluno realizar um “falso Imprint” os oblíquos não estarão ativados e o movimento ocorrerá por uma báscula exagerada de quadril e pela ação do Glúteo máximo e Reto do abdômen (que faz com que a barriga estufe).

Agora que já sabemos o que é cada posição, vamos ver quando devemos usar cada uma delas. Utilizamos a coluna neutra preferencialmente nos exercícios em cadeia cinética fechada (um ou os dois pés apoiados no colchonete ou no aparelho). Usamos o Imprint quando os dois pés estiverem desapoiados, em cadeia cinética aberta e sempre que a coluna neutra não puder ser mantida.

Com o passar das aulas, do treinamento e do fortalecimento muscular, devemos tentar progredir o aluno para manter a pelve neutra tanto em cadeia cinética fechada quanto em cadeia cinética aberta.

Pontos importantes:

Imprint é uma inclinação posterior da pelve, facilitada pela ação dos oblíquos, que diminui a curvatura lombar, e não a sua completa retificação;

A pelve se move como um todo, e a maior parte do movimento ocorre na articulação lombossacra;

Lembrar que a pelve pode estar em inclinação anterior, inclinação posterior, rotação ou elevação;

A posição neutra é a ideal, mas a maior parte dos nossos alunos irá começar no Imprint, e progredir para a neutra será um dos seus objetivos.

pelvic_tilt

Treinamento Suspenso

O treinamento suspenso foi desenvolvido pelo militar Randy Hetrick, para as forças especiais da Marinha Norte Americana, com o intuito de realizar exercícios versáteis que utilizassem pouco espaço e dessa forma pudessem melhorar o condicionamento físico e a tonicidade muscular dos soldados.

Essa modalidade de exercícios tem por definição, realizar movimentos com o corpo, ou parte dele, suspenso e assim trabalhar com intensidades variadas, utilizando o próprio peso como carga, a favor ou contra a força de gravidade, apenas variando o ângulo formado entre o corpo e o solo ou o corpo e o aparelho.

Os benefícios desse método de treinamento são variados e incluem: fortalecimento, equilíbrio, coordenação, controle corporal, concentração, flexibilidade, melhora da postura, da circulação sanguínea e da oxigenação e melhora da mobilidade corporal.

Aqui na Ubuntu nós temos o TRX e o Columpio (que significa balançar em espanhol), como opções para o treinamento suspenso.

Acupuntura

O termo Acupuntura vem do latim, acus-agulha e punctura-colocação e se refere a um ramo da medicina tradicional chinesa que consiste na colocação de finas agulhas metálicas, moxa, imã, cores ou pressão, em pontos específicos do corpo, para um efeito analgésico, anti-inflamatório e relaxante.
Os benefícios da Acupuntura são variados e servem para tratamento de diversas patologias, tais como:
Artrite
Dores de cabeça e enxaqueca
 Cãibras, dores e espasmos musculares
 Pressão alta
 Estresse
 Depressão
 Dor nas costas, pescoço e articulações
 Problemas de indigestão e intestino
Problemas circulatórios
 TPM e menopausa
 Ansiedade
Insônia
 Patologias respiratórias

Para maiores informações sobre Acupuntura acesse o nosso Blog!
Alberto Bailoni Neto é Personal Trainer e Acupunturista e está sempre oferecendo a seus clientes a busca de saúde física, emocional e de qualidade de vida.

Pilates

O método Pilates exercita e alonga o corpo como um todo, pois integra corpo e mente e dessa forma aumenta a consciência corporal, o controle, a força, o equilíbrio e a capacidade de movimentos, desenvolvendo um bom condicionamento músculo esquelético.
Por promover força, flexibilidade e resistência muscular, em vez de hipertrofiar ou trabalhar apenas uma parte do corpo, o Pilates equilibra as estruturas corporais, através da estabilidade da força de centro e de cinturas pélvica e escapular, além da respiração, podendo ser executado por qualquer pessoa independentemente da idade.
Divide-se em exercícios de solo e exercícios nos aparelhos. Os exercícios de solo são realizados em colchonetes, com auxílio de acessórios e abrange todos os planos de movimento. Os exercícios nos aparelhos são realizados com molas que assistem ou resistem aos movimentos e também visam o trabalho em vários decúbitos.

Benefícios do Pilates

Aumenta a força, o controle muscular e a estabilidade de centro;
 Integra corpo e mente, desenvolvendo a consciência corporal e a autoconfiança;
 Melhora a capacidade respiratória e o condicionamento físico;
 Reduz tensões e ajuda no período de reabilitação;
 Melhora a flexibilidade e tonifica a musculatura;
 Corrige a postura, restaura a biomecânica correta e reestrutura o corpo;
 Melhora o equilíbrio e a coordenação motora;
 Previne lesões.

“Poucos movimentos bem feitos, realizados de forma correta e equilibrada valem por muitas horas de ginástica.”
(Joseph Pilates)

Agulhamento a Seco

O agulhamento a seco é uma técnica de intervenção pouco invasiva e muito utilizada no tratamento de dores miofasciais, em que são utilizadas agulhas muito finas (da espessura de um fio de cabelo).
O principal objetivo da técnica é desativar os pontos-gatilhos miofasciais ou contraturas musculares, promovendo relaxamento.
Os pontos-gatilhos causam fraqueza, desequilíbrio e incoordenação motora não só no músculo afetado, mas também nos músculos próximos (sinérgicos) a ele, gerando uma irritação na região.
O procedimento pode ser realizado em consultório e leva poucos minutos, sendo que vários pontos podem ser tratados em uma única sessão.
Nós temos profissionais licenciados nesse método trabalhando aqui na Ubuntu.
Agende seu horário e venha experimentar um jeito diferente de relaxar!
Para maiores informações acesse o nosso Blog!
Técnica oferecida em parceria com o fisioterapeuta dr. Marcus G. G. Parise (crefito-3:110216-F) e-mail: marcusparise@hotmail.com